Terça, 16 de abril de 2024.
Busca Rápida (somente por palavras-chave)
    
Dissertação
Título Diversidade genética em uvas finas de mesa (“Vitis vinifera” L.).
Autor Maia, Silvia Helena Zequim
Unidade Pós-Graduação em Genética e Melhoramento
Área de Concentração Genética e Melhoramento
Orientador Profª Drª Maria de Fátima Pires da Silva Machado
Co-Orientador(es) Profª Drª Claudete Aparecida Mangolin
Prof. Dr. Erasmo Renesto
Banca Examinadora Profª Drª Maria de Fátima Pires da Silva Machado
Prof. Dr. Marcos Pileggi
Profª Drª Maria Suely Pagliarini
Data de Defesa 29/12/2003
Resumo As cultivares Itália, Rubi, Benitaka e Brasil de V. vinifera cultivadas nas regiões norte e noroeste do Estado do Paraná, são uvas finas de mesa pela qualidade e aparência de seus frutos. A origem destas cultivares tem sido considerada como decorrente de mutações somáticas espontâneas ocorridas na cultivar Itália originando Rubi e Benitaka, e na Benitaka, originando a Brasil. A cultivar Itália e suas mutações apresentam poucas diferenças morfológicas, e em nível molecular nenhum estudo foi ainda realizado. A proposta deste estudo foi estabelecer as condições para a extração do DNA de tecidos das quatro cultivares de uvas, padronizar as condições de amplificação de seqüências aleatórias presentes no genoma dessas plantas e empregá-las para discriminar as cultivares de Vitis vinifera plantadas na região noroeste do Estado do Paraná. A detecção de marcadores moleculares do tipo RAPD (Random Amplified Polymorphism DNA) para estas cultivares de videira pode constituir-se em ferramenta a ser utilizada em futuros programas de conservação, manejo e melhoramento. Foram testados 70 "primers"; 13 amplificaram, e 10 foram utilizados para a avaliação do genoma das 4 cultivares, por apresentarem um número maior de fragmentos e bandas bem definidas. A análise dos produtos de amplificação mostrou que os "primers" OPA-13, OPB-01, OPB-07, OPE-03, OPE-14, OPE-15, OPF-05, OPM-03, OPP-08, e OPP-10 geraram 135 fragmentos reproduzíveis, dos quais 81 foram polimórficos nas plantas da cultivar Itália, 77 foram polimórficos nas plantas da cultivar Rubi, e 84 e 79 fragmentos foram polimórficos nas plantas das cultivares Benitaka e Brasil, respectivamente. O número de bandas produzidas por cada "primer" variou de 7 a 20, com uma média de 13,5 fragmentos por "primer". O tamanho dos produtos amplificados variou de 300 a 5.000 pares de bases. O maior número de fragmentos foi produzido pelo "primer" OPP-08. O dendrograma obtido a partir da análise de agrupamento dessas plantas mostrou que, apesar do número de fragmentos polimórficos terem sido diferente nas quatro cultivares, estas formam um único grupo, no qual a maioria das plantas foram agrupadas com 80%-90% de similaridade, independente das características fenotípicas (coloração das bagas) e da região de cultivo (Marialva e Paiçandu). Nas cultivares Itália, Rubi, Benitaka e Brasil não foi verificado identidade e o polimorfismo observado deve ser decorrente das mutações que determinaram as diferentes denominações de Rubi e Benitaka originadas a partir de ramos de Itália, e a cultivar Brasil derivada de um ramo da cultivar Benitaka. Assim, a despeito dos problemas de identificação de uvas de vinho usando RAPD apontados por vários autores, a análise dos marcadores de RAPD nas plantas das quatro cultivares de V. vinifera mostrou que estes são efetivos para detectar a variabilidade de DNA presente na espécie. As diferenças menores ocorrendo nessas cultivares determinam que Rubi, Benitaka e Brasil sejam definidas como tipos ou clones da cultivar Itália.
Palavras-chave Vitis vinifera L., RAPD, Variabilidade Genética.
Title
Abstract V. vinifera cultivars, Italia, Rubi, Benitaka and Brasil, bred in the northern and northwestern regions of the state of Paraná, Brazil, are fine table wines, conspicuous for their quality and fruit. They originated from spontaneous somatic mutations in the cultivar Italia, giving rise to cultivars Rubi and Benitaka, and in Benitaka, giving rise to Brasil. Cultivar Italia and its mutations have few morphological differences, although no study has been undertaken at the molecular level. Current research undertakes the extraction of DNA of the tissues of the four grape cultivars, standardize the amplification of the randomized sequences in the genome of the plants and use these sequences to distinguish the V. vinifera cultivars in the northwestern region of the state of Paraná. Detection of RAPD molecular markers (Random Amplified Polymorphism DNA) for these grape cultivars may be a tool for future conservation, management and improvement programs. Seventy primers were tested; 13 were amplified and 10, with the highest number of fragments and well-defined bands, were used to evaluate the genome of the four cultivars. Analysis of amplified products showed that primers OPA-13, OPB-01, OPB-07, OPE-03, OPE-14, OPE-15, OPF-05, OPM-03, OPP-08, and OPP-10 produced 135 reproducible fragments, of which 81 fragments were polymorphic in cultivar Italia; 77 were polymorphic in cultivar Rubi, and 84 and 79 were polymorphic in cultivars Benitaka and Brasil, respectively. Number of bands produced for each primer ranged from 7 to 20, with an average of 13.5 fragments per primer. Size of amplified products varied from 300 to 5000 base pairs. Primer OPP-08 had the greatest number of fragments. Plant grouping analysis dendrogram showed that, in spite of the difference in the number of polymorphic fragments, the cultivars formed a single group. Actually, most plants in this group reached an 80-90% similarity regardless of their phenotypic characteristics (color of grapes) or the region of cultivation (Marialva and Paiçandu). Whereas identity was not found in cultivars Italia, Rubi, Benitaka and Brasil, polymorphism must have been caused by mutations that determined the different Rubi and Benitaka labels from the Italia shoots, and Brasil from the cultivar Benitaka shoot. In spite of problems that several authors mention in the RAPD identification of grapes, RAPD markers analysis in plants of the four V. vinifera cultivars was efficacious to detect NDA variability in the species. Slight differences in these cultivars indicate that Rubi, Benitaka and Brasil may be defined as types or clones of the cultivar Italia.
Key-words Vitis vinifera L., RAPD, Variabilidade Genética.
Arquivos
Nome Tamanho
0,00 KB

TESES E DISSERTAÇÕES - Universidade Estadual de Maringá
Desenvolvimento: VIASITE INTERNET